Durante a gestação, é necessário prestar muita atenção à saúde da mãe e do bebê. Uma condição que afeta entre 5% a 8% das brasileiras em período gestacional, é a hipertensão! A doença é a principal causa de morte de mulheres em gestação, por isso, é fundamental realizar o acompanhamento médico regular durante o período gestacional, a fim de avaliar e monitorar os efeitos gerados pela doença.
O que é hipertensão na gestação?
Ela é caracterizada por um aumento da pressão arterial que pode prejudicar a saúde da mãe e do bebê se não for controlada adequadamente. É considerado hipertensão, valores de pressão arterial acima de 140/90 mmHG.
É de extrema importância que a mulher não negligencie a condição e, quando diagnosticada, realize um pré-natal e um acompanhamento rigoroso, para garantir que a gestação seja saudável e não ofereça riscos à sua saúde e à do feto.
Tipos de hipertensão na gravidez:
Existem diferentes tipos de hipertensão que podem acometer a mulher no período gestacional, confira:
Hipertensão crônica preexistente: considera-se preexistente, a hipertensão já existente antes mesmo do início da gestação ou diagnosticada antes da 20ª semana de gravidez. Esse prazo é estabelecido porque, se a hipertensão é identificada nesse período, significa que a condição já existia, mas ainda não havia sido diagnosticada.
Pré-eclâmpsia e eclâmpsia: a pré-eclâmpsia é o aumento da pressão arterial após a 20ª semana de gestação, acompanhada pela perda de proteínas pela urina, (proteinúria). Geralmente, essa condição está associada a uma queda do número de plaquetas no sangue ou a problemas do sistema nervoso central, renais e hepáticos.
Se não for tratada corretamente, pode desenvolver para a eclâmpsia, sendo o estágio final da doença. Ela é caracterizada pela hipertensão associada a sintomas mais graves, como crises convulsivas, que podem resultar em risco de morte, tanto para a mãe quanto para o bebê.
Pré-eclâmpsia combinada à hipertensão crônica: ocorre quando há um aumento da pressão arterial após a 20 ª semana de gestação, acompanhado de perda de proteínas pela urina em mulheres que já eram diagnosticadas com hipertensão antes do início do período gestacional.
Hipertensão gestacional: caracteriza-se pelo aumento da pressão arterial após a 20ª semana de gestação, sem perda de proteínas pela urina ou qualquer outro sintoma sugestivo de pré-eclâmpsia.
É comum que a hipertensão gestacional desapareça espontaneamente entre 1 a 2 semanas após o parto. Caso a condição não melhore em até 3 meses, a mulher passa a ser considerada hipertensa crônica.
Quais são os principais sintomas da hipertensão na gravidez?
Nota-se a presença destes principais sintomas nas mulheres com hipertensão no período gestacional:
- dores de cabeça;
- dores abdominais;
- inchaço no corpo;
- náuseas e vômitos;
- diminuição dos movimentos do bebê por mais de 24 horas;
- alterações na visão;
- sangramentos vaginais.
Como é realizado o tratamento da hipertensão durante a gestação?
O primeiro ponto do tratamento é escolher um médico de confiança para fazer o acompanhamento da condição e cuidar dos sintomas e saúde geral da mãe e do feto.
Nos casos de hipertensão leve a moderada durante a gravidez, a melhor forma de manter a condição sob controle é adotar uma alimentação saudável e equilibrada, rica em ácido fólico, nutriente de ação vasodilatadora, e pobre em sódio. Também é importante cuidar do peso, evitar alimentos muito calóricos, com excesso de gordura, açúcar e farinha.
É recomendado que a gestante evite exercícios físicos, fique longe de situações estressantes e reduza, na medida do possível, suas atividades diárias.
Em casos graves, apenas cuidar e controlar a alimentação não é suficiente para cuidar da condição. O médico poderá prescrever remédios anti-hipertensivos e repouso para contornar o problema. Se nem assim a pressão baixar, não é incomum que o médico decida, por segurança, antecipar o parto. Ainda, pode ser necessário, em alguns casos, que o médico peça a internação da gestante para que o bebê e a pressão arterial sejam monitorados constantemente e a gestação possa prosseguir até, no mínimo, 34 semanas.
Portanto, é evidente que as futuras mães, ao descobrirem a gravidez, busquem auxílio médico e façam todos os exames necessários para garantir uma gestação tranquila e segura para si e para o bebê.
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